RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO
1.1
Descrição
das atividades:
Para recuperação das
patologias das OAEs em questão, conforme quantitativos informados e fichas de
monitoração OAEs, exceto as existentes nos taludes/estruturas de contenção dos
encontros, juntas de dilatação, pavimento, guarda-corpos, aparelhos de apoio.
Constituem os elementos para recuperação das patologias das obras de arte
especiais do escopo:
·
Recuperação de patologias nos pilares;
·
Recuperação de patologias nas lajes;
·
Recuperação de patologias nas vigas longarinas;
·
Recuperação de patologias nas vigas
transversinas.
Os serviços são
divididos por tipo e por patologia. Inicialmente são executados os serviços
preliminares de sinalização da obra, limpeza e preparo de acesso.
Para acesso aos locais de
trabalho, deverão ser montados andaimes, seguros e de fácil montagem e
desmontagem. O corte do concreto danificado deverá ser executado manualmente,
com utilização de ferramentas elétricas especiais, a fim de garantir a retirada
total do concreto chocho, segregado e desagregado, de forma a alcançar a
homogeneidade do concreto original, numa profundidade máxima de 3 cm. Nos
locais onde houver necessidade, o concreto deverá ser demolido cuidadosamente,
observadas as condições de estabilidade da estrutura, manualmente com
ferramentas elétricas. O apicoamento do concreto nas áreas a serem recuperadas
ou reforçadas, deverá executado manualmente utilizando-se ferramentas elétricas,
de forma a remover toda camada superficial do concreto, constituído de nata de
cimento, de baixa resistência.
Figura 01 – Disco de desbaste para remoção de concreto desagregado
Após a montagem das
estruturas de andaime a equipe da obra iniciará a remoção integral do concreto
danificado, desagregado ou chocho, através da demolição e corte cuidadoso,
associado a recomposição da seção útil das armaduras oxidadas, e limpeza das
superfícies do concreto original e das barras de aço, com emprego de jateamento
abrasivo, e reforço dos elementos estruturais.
Figura 02 – Bomba de hidro jato para jateamento abrasivo de superfícies
Os serviços deverão ser
executados obedecendo a rigoroso padrão de qualidade e segurança do trabalho, e
deverão seguir a seguinte sequencia:
Figura 03 – Esquema de verificação da superfície
Figura 04 – Esquema de tratamento do concreto desagregado
Figura 05 – Esquema de tratamento do concreto desagregado
Figura 06 – Esquema de tratamento do concreto desagregado com
delimitação de área a ser tratada
· Execução criteriosa e cuidadosa do corte do
concreto.
· Demolição cuidadosa do concreto, nos locais
determinados pelo projeto.
· Apicoamento da superfície aparente do concreto
a ser recuperada, a fim de retirar a camada de baixa resistência.
· Furação do concreto para passagem da armação.
· Restauração por soldagem ou superposição,
daquelas barras de aço que tenham sofrido redução acentuada de sua seção útil
de trabalho.
· Fornecimento e posicionamento de armadura de
reforço, conforme projeto.
· Ancoragem da armação.
· Limpeza das superfícies da ferragem e do
concreto, com jato abrasivo, para remoção de quaisquer detritos que possam
prejudicar a aderência do novo concreto a ser aplicado.
· Lavagem das superfícies com jato de água e ar
comprimido, em alta pressão, imediatamente antes da aplicação do novo concreto
estrutural.
· Aplicação de revestimento polimérico inibidor de
corrosão.
· Recomposição da seção original das peças
estruturais, com emprego de argamassa e/ou concreto de grouting e argamassa
polimérica, tixotrópica, própria para recuperação estrutural.
· Acabamento de pedreiro, consistindo de
sarrafeamento e desempeno da última camada de argamassa, garantindo a
reconstituição estética das áreas recuperadas.
· Injeção de resina epóxica para preenchimento de
vazios existentes.
· Desmontagem, remoção de equipamentos, retirada
do entulho e material de serviço e desmobilização do pessoal técnico.
1.2
Trincas e
fissuras secas e ou colmatadas
·
Para tratamento das trincas e fissuras,
colmatadas ou não, será executada a
limpeza das áreas que se apresentam colmatadas, mediante a utilização de
lixadeiras orbitais com disco abrasivo, escovas de aço, hidro jateamento das
paredes dos arcos. Este procedimento tem como objetivo melhorar a aparência da
superfície do concreto e possibilitar futura verificação destas superfícies. Será executada nas
fissuras não ativas, de pequena dimensão a utilização de composto de cimento
Portland, sílica e diversas substâncias químicas com propriedades ativas para
possibilitar a penetração do produto, que se cristaliza e recompõe a
integridade do elemento tratado.
Figura 07 – Diagrama da injetabilidade
de produtos para tratamento de fissuras
·
Nas trincas ativas de pequena dimensão será
executado o tratamento, utilizando-se a metodologia de trabalho descrito nos
trabalhos de reparo das trincas inativas, procedendo com a utilização de
produtos flexíveis aplicados para selamento destas trincas. Estes produtos
flexíveis garantem a aderência mesmo com o movimento das estruturas, sem
apresentar rompimento por fadiga.
Figura 08 – Diagrama da dimensão das partículas do
microcimento em relação ao cimento comum
Figura 09 – Bomba para injeção de fluidos de preenchimento
de fissuras