Mostrando postagens com marcador desmatamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador desmatamento. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 27 de agosto de 2019

SOBRE MITOS DE DESMATAMENTO E PRESERVAÇÃO

Existe um pensamento muito comum de que a floresta amazônica seja o pulmão do mundo, inclusive com uma informação distorcida de que esta floresta responderia por 20% do oxigênio do mundo. Estas informações são equivocadas. É fato que no processo de fotossíntese as plantas utilizam energia e captam gás carbônico da atmosfera e liberam oxigênio. o que causa o desentendimento entre estas informações é a falta da informação adicional de que as florestam liberam gás carbônico através da decomposição da matéria orgânica proveniente de troncos, galhos, folhas e animais mortos e pela própria respiração das plantas. quando analisamos o balanço nessa equação, existe um número bem próximo ao equilíbrio. O que podemos concluir disso é que a floresta consome quase todo o oxigênio que produz.
Ao se analisar as emissões de carbono na atmosfera, verificamos que a maior quantidade é liberada pela queima de combustíveis fósseis, respondendo por aproximadamente 75% das emissões.
Na verdade, os organismos que realmente são responsáveis pela produção de oxigênio para reposição dos níveis satisfatórios da atmosfera são as algas. Estes organismos são responsáveis por aproximadamente 55% de todo o oxigênio produzido no nosso planeta. Todo o excesso de oxigênio liberado na água é liberado para a atmosfera.
Agora falando sobre florestas e áreas de conservação no Brasil, utilizaremos números da NASA e da EMBRAPA para fazermos uma análise. Segundo levantamentos feitos por estes institutos, da área total de nosso país, 7,6 a 7,8% são utilizadas para lavouras, 13,2% são destinadas a pastagens plantadas, 8% são pastagens nativas, 1,2% são florestas plantadas, 3,5% infra estruturas e outros, 25,6% área de preservação dentro de imóveis rurais e o restante áreas de vegetação nativa protegida em unidades de conservação, terras indígenas e terras devolutas. Ao analisar estes números vemos que 66,3% da área de nosso país é destinada a conservação.

Estes números servem de prova para desmascarar quem tenta vincular ao Brasil a imagem de país que desmata e não preserva o meio ambiente. É assustador constatar que, apesar destes números aferidos, termos uma grande parcela da população brasileira dando créditos a mentiras difundidas por pessoas inescrupulosas que possuem interesses escusos em nosso território.
Para complementar as informações, vamos apresentar algumas comparações com números referentes a outros países que parecem se importar com o meio ambiente.
O estudo da NASA demonstra que o Brasil protege e preserva a vegetação nativa em mais de 66% de seu território e cultiva apenas 7,6% das terras. A Dinamarca cultiva 76,8%, dez vezes mais que o Brasil; a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido 63,9%; a Alemanha 56,9%.
As áreas cultivadas variam de 0,01 hectare por habitante – em países como Arábia Saudita, Peru, Japão, Coréia do Sul e Mauritânia – até mais de 3 hectares por habitante no Canadá, Península Ibérica, Rússia e Austrália. O Brasil tem uma pequena área cultivada de 0,3 hectare por habitante, e situa-se na faixa entre 0,26 a 0,50 hectare por habitante, que é o caso da África do Sul, Finlândia, Mongólia, Irã, Suécia, Chile, Laos, Níger, Chade e México.

“Os europeus desmataram e exploraram intensamente o seu território. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas originais do planeta. Hoje tem apenas 0,1%. A soma da área cultivada da França (31.795.512 hectares) com a da Espanha (31.786.945 hectares) equivale à cultivada no Brasil (63.994.709 hectares)”, explica o especialista da Embrapa.

As maiores áreas cultivadas estão na Índia (179,8 milhões de hectares), nos Estados Unidos (167,8 milhões de hectares), na China (165,2 milhões de hectares) e na Rússia (155,8 milhões de hectares). Somente esses quatro países totalizam 36% da área cultivada do planeta. O Brasil ocupa o 5º. lugar, seguido pelo Canadá, Argentina, Indonésia, Austrália e México.
A maior parte dos países utiliza entre 20% e 30% do território com agricultura. Os da União Europeia usam entre 45% e 65%. Os Estados Unidos, 18,3%; a China, 17,7%; e a Índia, 60,5%.
“Os agricultores brasileiros cultivam apenas 7,6%, com muita tecnologia e profissionalismo”, assegura Evaristo Miranda.